Dolly acusa a Coca-Cola de fazer espionagem

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Dolly acusa a Coca-Cola de fazer espionagem

  O presidente da Dolly, Laerte Codonho, anunciou ontem que entrará com ação contra a Coca-Cola nos EUA, acusado a multinacional sediada em Atlanta, no Estado da Geórgia, de contratar a Kroll para investigar os concorrentes. O alvo dessa investigação seria a Dolly, fabricante de refrigerantes do Estado de São Paulo. A Coca-Cola nega que tenha contratado a Kroll para esse tipo de serviço. Codonho explicou que entrará com a ação nos EUA porque naquele país os julgamentos desse tipo são mais rápido e por que há legislação que condenaria espionagem no exterior.

 

  Codonho disse que o contrato entre a Kroll e a Coca-Cola seria de R$250 mil mensais, mais as despesas, e teria sido assinado por Brian Smith, presidente da Coca-Cola. A Kroll, procurada não retomou as ligações deste jornal.

O pano de fundo dessa disputa é o mercado brasileiro de refrigerantes, que movimenta R$ 12 bilhões por ano, dos quais a Coca-Cola fica com uma fatia de 52% e a AmBev com 17%. A outra fatia é disputada por empresas regionais e fabricantes de marcas, mas baratas, as chamadas tubaínas.  

O presidente da Dolly diz que “o grampo da Kroll a pedido da Coca-Cola interceptou até autoridades federais e parlamentares”. Ele diz que esse caso é muito maior do que o envolvendo a Kroll e a Brasil Telecom, empresa então comandada por Daniel Dantas, do Opportunity.

 

 

Fonte: O Estado de S.Paulo

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