Procurador quer PF investigando a Coca-Cola

laerte condonho

Procurador quer PF investigando a Coca-Cola

O conflito entre a brasileira Dolly Refrigerantes e a gigante americana Coca-Cola foi para na Polícia Federal (PF). Ontem após analisar documentos e colher vários depoimentos, o subprocurador geral da República, Moacir Guimarães Morais Filho, encaminhou um pedido de investigação do caso à PF, segundo ele, pela gravidade das denúncias o fato merece apuração mais detalhada, com a quebra do sigilo telefônico das pessoas envolvidas para averiguar as informações obtidas.

  No pedido enviado ao diretor-geral do Departamento de Polícia Federal, delegado Paulo Lacerda, o subprocurador encaminhou as cinco fitas VHS com a conversa entre o dono da marca Dolly, Laerte Codonho, e o ex-diretor da Spal-Panamco (maior engarrafadora da Coca-Cola no Brasil, adquirida em maio de 2003 pela mexicana Femsa) Luiz Eduardo Capistrano. Além disso, foi anexado o depoimento de vários envolvidos no caso, afirmou Morais Filho.

  De acordo com o documento enviado à PF, o subprocurador afirma” não descartar a possibilidade de serem evidenciados delitos contra a ordem econômica, e a probabilidade de as condutas se enquadrarem como crimes de concorrência desleal entre empresas. Morais Filho elenca todos as denúncias feitas até hoje por Laerte codonho, como os ataques contra a Dolly via internet, afirmando que o refrigerante era nocivo à saúde dos consumidos.

  Além disso pede esclarecimento sobre a possível atuação do “lobista Alexandre Paes dos Santos, que teria circulado na Câmara dos Deputados, com carteira fornecida pelo deputado Arnaldo Faria de Sá, do Estado de São Paulo, para parar com as atividades de investigação no Congresso Nacional e no Ministério da Justiça (SDE), com relação à Dolly.”

  A denúncia foi feita no mês passado pelo presidente da Dolly. Na época, ele afirmou que a gigante americana “contratou consultores que usam métodos não ortodoxos para emperrar processos em Brasília e pressionar deputados na tentativa de evitar a aprovação de audiência públicas contra a companhia.”

  Nos documentos apresentados por Laerte Codonho, a Coca-Cola teria contratado um lobista para “minimizar e, se possível, eliminar o risco de ter a gigante americana convocada para uma audiência pública na Câmara dos Deputados”. A Coca-Cola entro na Justiça contra as denúncias feitas pela Dolly.

 

 

fonte: O Estado de S.Paulo

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