Coca-Cola é acusada de usar método ‘não ortodoxo’

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Coca-Cola é acusada de usar método 'não ortodoxo'

 Em mais uma ofensiva contra a Coca-Cola, o presidente da Dolly refrigerantes, Laerte Codonho, acusou a gigante americana de “contratar consultores que usam métodos não ortodoxos para emperrar processos em Brasília e pressionar deputados na tentativa de evitar a provação de audiências “Como uma serie de documentos em mãos, Codonho fez questão de tornar pública assentou com intitulo de Pesquisa Econômicas (IPA), de Alexandre Paes dos Santos “para conter a expansão das denúncias contra a companhia”.

  Santos já foi considerado um dos lobistas mais poderosos de Brasília Desde 2001, no entanto ele ficou fora dos corredores da capital após acusações de chantagem contra autoridades do governo e participação numa rede de corrupção, que   atuaria juntos ao Ministério da Saúde e outros órgãos do governo federal. Mas nada foi provado.

  Segundo o contrato ontem, em São Paulo, Santos trabalha desde 1º de setembro para a Reco Farma indústria do Amazonas uma divisão de concentrados de bebidas da Coca-Cola, Entre os motivos para a contratação dos serviços do lobista, está a tarefa de “minimizar e se possível eliminar o risco de ter a gigante americana convocada para uma audiência pública na Câmara dos Deputados”.

  A missão esta descrita em um dos documentos apresentados por Codonho e que mostra uma troca de e-mails entre dirigentes da empresa. Nessas conversas eletrônicas, há pedidos de liberação de recursos no valor de R$ 120 mil, enquanto o contrato prevê pagamentos mensais de R$ 20 mil pela prestação de serviços de Santos.

  Em nota, a Assessoria de imprensa da Coca-Cola explicou que o valor de “R$ 120 mil refere-se a um provisionamento interno de verba para fazer frente aos gastos previstos no contrato. Não havia no orçamento de 2003 verba suficiente para o total do contrato. Uma provisão completamente será feita em fevereiro para fechar o total previsto”.

  A Coca-Cola afirmo ainda que a contratação do IPA não é nenhum segredo e que empresas, sindicatos e associações empresarias contam com o suporte de diversos escritórios de relações governamentais na defesa de interesses legítimos. Na nota, assessoria diz que para poder se defender das acusações caluniosas que vem sofrendo teve de tomar algumas medidas “Não se poderia esperar que a empresa não fizesse nada. “De fato a contratação de um lobista para atuar em defesa da empresa não é nenhum crime no Brasil. Coincidência ou não a Comissão de Defesa do Consumidor, na Câmara dos Deputados rejeitou em dezembro do ano passado o pedido de audiência. Mas Codonho não deve desistir. Ele afirmou que encaminhará os documentos à Presidência da República, ouvidoria da União, Ministério Público e Ministério da Justiça. No exterior ele promete recorrer à SEC – órgão equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

fonte: Valor Econômico

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